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A ESCADA

• REALIZAÇÃO: 2024

• STATUS: Concluído.

• LOCALIZAÇÃO: Parque Cultural Casa do Governador, Vila Velha - ES


• DIMENSÃO: 18,00m²


• PARCEIROS: Secult;


• PATROCINADORES: Governo do Estado do Espírito Santo


• PROPOSTA: Comunidades com um relevo íngreme em regiões periféricas tiveram um processo de ocupação não planejado, sendo conformado como um local de difícil acesso em diversos pontos, fazendo com que o principal meio de locomoção nessas localidades sejam as escadarias. As escadas que em um outro momento da evolução do urbanismo nas comunidades foram dadas como uma conquista, hoje se tornaram uma marca registrada do que é morar em um local não planejado, não formalizado e com insegurança de propriedade.

 

Apesar das conquistas, o tempo exige que as mudanças continuem evoluindo, e a obra denominada ’’A Escada’’, busca uma reflexão sobre esse meio de locomoção verticalizado nos morros, sendo que diversos exemplos de iniciativas no Brasil e no mundo já superaram essa limitação de mobilidade.

 

Além de tudo, a obra resgata a escada no meio urbano como poesia e desafio, um alívio premiado ao chegar no seu fim, onde o ponto mais alto oferece a vista da cidade...Mas nem todos são atletas e campeões, cercear este acesso é limitar a sociedade.

 

 ‘’A Escada’’ traz essa reflexão sobre a falta de acessibilidade universal para todos em comunidades periféricas, é aonde este déficit vem com mais força, onde algumas políticas públicas não chegam, onde os materiais de obra só chegam carregados por atletas, onde a bicicleta não sobe e o idoso não sai de casa.

A obra traz alguns elementos sensoriais que remetem a experiência de acessar o universo de acolhimento e densidade das comunidades, em contraponto as limitações de mobilidade representadas pela bicicleta e materiais de construção a espera de um carregador.

 

Na entrada da obra, será acionado um audio que trará a vivência em uma comunidade periférica: Conversas, anúncios, trânsito de pessoas, comércio, crianças brincando, as camadas diversas existentes do cotidiano destes territórios.

 

No caminho da subida, terá uma representação da densidade da ocupação dos espaços por meio de imagens e ilustrações. No fim da subida da escada, a contemplação da natureza com as intervenções representadas por lençóis em meio as copas das árvores, como um quintal em um terreno no alto do morro, demonstrado que acima do caos urbano existe o verde da resistência, uma tentativa de compensação diante tantos desafios.

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